Por João Paulo Fernandes
Sétimo colocado no quadro de medalhas na Paralimpíada de Tóquio, o Brasil é uma das potências do paradesporto mundial, e muitos desses paratletas surgem no esporte universitário. Na última Paralimpíada, o Brasil teve 13 paratletas que passaram por competições universitárias.
Em 2018, o paradesporto teve competições suspensas nos eventos da CBDU por mudança no repasse de verba, mas a Confederação reuniu esforços e usou a verba geral para voltar. Os JUBs 2021 reuniu 41 atletas no total: 22 no paratletismo, 3 no badminton paradesportivo, 11 na natação e 5 no tênis de mesa. A CBDU pretende reunir mais recursos destinados ao paradesporto e aumentar o número de modalidades e paratletas.
Visando retomar as atividades relacionadas à área de forma mais estruturada, a CBDU instituiu em 2020 o Departamento do Paradesporto, que é coordenado por Natália Borges, a Naná. “Foi importante que a gente tivesse o paradesporto de volta para que tenhamos uma integração, uma inclusão e uma representatividade. Queremos que tenha mais modalidades para incluir pessoas com outros tipos de deficiência”, ressaltou Naná.
A Coordenadora do Paradesporto destacou a necessidade de alinhamento da pauta do paradesporto com as federações estaduais e também nas universidades. “As federações e as instituições precisam ter um ponto de partida para que o paradesporto cresça. Eu entendo que as autoridades têm muitas agendas, mas o paradesporto não pode ser deixado de lado”, pontuou Naná.
Naná asseverou a importância do paradesporto como ferramenta de inclusão social. “Precisamos valorizar cada vez mais o paradesporto educacional, tanto escolar, como o universitário para que entendam que as pessoas com deficiência podem estar em qualquer lugar, não apenas em situações degradantes. Tudo é questão de representatividade, deles poderem ver e pensar: ‘eu posso, eu consigo’, mas eles precisam ter meios para alcançar isso”
De Tóquio para o JUBs
O catarinense Edenilson Floriani esteve em Tóquio e competiu pelo arremesso de peso e lançamento de dardo. O atleta destacou a importância do retorno do paradesporto ao JUBs “Esse é o meu segundo JUBs, e a cada ano se torna mais importante, com novos atletas, o retorno do paradesporto no jubs mostra o quanto vem crescendo o esporte paralímpico dentro das universidades, e no Brasil”, revelou o atleta.
Edenilson também compete pelo lançamento de disco e se tornou no JUBs 2021 o bicampeão da modalidade. O atleta que representa a Unisossiesc de Joinville-SC contou um pouco de como foi competir no maior evento esportivo do mundo. “Estar em Tóquio representando nosso país foi uma emoção muito grande, uma experiência incrível, e poder estar entre os melhores atletas paralímpicos do mundo.”
O atleta brigará pela medalha de ouro também no arremesso de peso, nesta sexta(15), e no lançamento de dardo, que será neste sábado (16).
Serviços
Os Jogos Universitários Brasileiros – Brasília 2021 são uma realização da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), do Governo do Distrito Federal e da Federação de Esportes Universitários do Distrito Federal (FESU). Patrocínios JUBs Brasília 2021: Banco do Brasil e Monster Energy. Patrocínios CBDU: Kempa, Spalding, Uhlsports e Ícone. Parceria institucional: Comitê Olímpico do Brasil.
Acompanhe nossas redes sociais – Instagram, Twitter, Facebook, Tik Tok, Twitch e YouTube para não perder nenhum detalhe da programação.