Thaís Schmidt é um nome conhecido dentro da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A estudante de Engenharia Química é referência quando o assunto é esporte. Dentro da instituição, a atleta já recebeu os títulos de destaque do basquete feminino em 2017 e do judô feminino no ano de 2019, ambos da Olimpíada UFU, campeonato inter atléticas organizado pela UFU.
Porém, definir Thaís em apenas uma modalidade é impossível. Handebol, futsal, basquete, judô, cheerleading e crossfit são as modalidades que a atleta pratica atualmente. “Me sinto bem versátil e gosto que cada um exige do meu corpo e mente de uma maneira”, afirma. Thaís é o que se pode chamar de multiatleta: pessoa que pratica regularmente mais de uma modalidade esportiva. Para ela, esporte é sinônimo de diversão.
A atleta já defendeu oficialmente sua universidade em 4 modalidades. Só da Liga do Desporto Universitário (LDU) ela participou 3 vezes; uma vez pelo futebol e outras duas pelo rugby – modalidade na qual conquistou medalha de bronze. Participou também de 3 Jogos Universitários Brasileiros (JUBs); dois deles pelo judô e um pelo basquete.
a sensação de quando eu estou competindo é muito, nossa! Eu não sei nem falar se é euforia, alegria, sabe?
Porém, praticar assiduamente tantas modalidades exige dedicação e organização extra e, conciliar os compromissos esportivos com os acadêmicos pode ser uma tarefa complicada. “Eu sempre gostei de treinar muito e também não gosto de perder treino para não prejudicar a equipe. Além de que gosto de estar com físico em dia para evitar lesões também”, conta Thaís. A atleta de 25 anos explica que quando os horários de dois treinos coincidem, ela faz um revezamento: em uma semana vai em um, na outra semana vai no outro.
Diariamente Thaís se organiza em dois turnos: durante o dia se reveza entre as aulas – que acontecem de manhã e a tarde, dependendo do dia – e o crossfit, para fortalecer os músculos e evitar lesões, segundo ela. A noite a atleta reserva para os treinos das demais modalidades. “É muito difícil você se manter motivado, conciliando tudo, da rotina, dos estudos. Porque infelizmente eu não vou viver de esporte, apesar de me fazer muito bem”, esclarece.
Apesar dos desafios diários ao longo de sua jornada como estudante atleta, Thaís não abre mão do esporte. Para ela, é puro êxtase: “a sensação de quando eu estou competindo é muito, nossa! Eu não sei nem falar se é euforia, alegria, sabe?”. A atleta conta que durante a competição mentaliza mostrar para a torcida todo o treinamento realizado até o momento e que dar orgulho, para si própria e para seu o técnico é o objetivo final. “Então acho que a sensação além da euforia, é de responsabilidade. Sentimento de responsabilidade e vontade de ganhar”, completa.
Apesar de ter contato com o esporte ainda criança, Thaís explica que foi só quando entrou na faculdade que descobriu verdadeiramente o esporte. “Mesmo participando de campeonatos na época de ensino médio, eu considero que não sabia nada. Na faculdade eu aprendi as regras e treinava de verdade com táticas, jogadas e tudo mais”, conta.
Thaís é o retrato do atleta universitário no Brasil, que se divide entre os treinos e as aulas. Que busca incessantemente ser melhor, apesar de todos os desafios. Que faz do esporte sua paixão. “Aprendi em alguns filmes que herói não é alguém que tem um super poder, e sim quem se dedica muito, dá o seu melhor para mudar o mundo de alguma maneira, e isso é o que eu sempre busco, dar o melhor, evoluir e ajudar as pessoas”, finaliza a atleta.