Mundial universitário aconteceu em Macau, na China, entre 2 a 5 de agosto
Depois de representar o país em Macau, na China, a delegação brasileira de wushu retorna ao Brasil com muita experiência na bagagem e uma medalha inédita para o esporte universitário. O atleta Davi Guimarães, estudante de Educação Física da Anhanguera –DF, conquistou o terceiro lugar na modalidade Sanda (luta de contato). Aos 22 anos, Davi, que já foi campeão sul-americano na categoria de base e bicampeão brasileiro na categoria adulto, fala da experiência de participar de um mundial universitário: “Foi uma competição muito importante, consegui ver os melhores atletas da minha modalidade, deu pra conhecer um nível maior de técnica, conhecer uma cultura nova, entender melhor como é estar em uma competição mundial já que foi a minha primeira. Infelizmente já fui lesionado e ocorreu uma nova lesão durante a competição, mas ainda sim consegui trazer o bronze. O objetivo agora é treinar ainda mais para melhorar meu nível, melhorar da lesão e nos próximos trazer um ouro para o Brasil”.
O universitário Jonathan Bezerra também representou o país na China. Diferente de Davi, Jonathan competiu na modalidade Taolu, que consiste na apresentação dos movimentos da luta e não no combate. Para o estudante da UNB-DF, a experiência de representar o país em um mundial é única. “ É um campeonato muito desafiador, desde que soube que participaria, treinei para dar o meu máximo. Chegando lá a gente percebe que o nível é extremamente alto, é um pouco assustador competir com atletas que treinam mais de 10 horas por dia. Mas para mim, eu não estava só representando o Brasil, numa competição dessas você representa tudo o que você passou. Quando a gente chega lá, não importa o cansaço, não importam os obstáculos, você tem que fazer o seu melhor, não tem como fazer menos do que isso”, finaliza o universitário.
Responsável pelo treinamento técnico dos atletas e chefe da delegação brasileira no mundial, Daniel Dionisio comenta que a medalha de bronze vem coroar um bom momento da modalidade Sanda no Brasil, mas no Taolu ainda há um caminho longo a ser percorrido. “No combate estamos passando por uma evolução muito grande, mas na parte da apresentação ainda estamos engatinhando. As grandes potências são da Ásia, então ainda é bem difícil competir. Mas isso é muito importante para a modalidade. Levar os dois atletas para essa competição já foi um passo muito grande para o Brasil”, comenta. Dionisio acredita que no próximo ano, mais atletas universitários irão se inscrever para os campeonatos de wushu devido ao bom resultado na China. O técnico tem esperanças de que cada vez mais atletas se interessem nas competições, o que ajudaria a aumentar o nível brasileiro nas disputas internacionais.