Estrelas do esporte participam dos Jogos Paralímpicos Universitários
Na natação, o atleta paralímpico Ronystoniy Silva é um dos destaques
O primeiro dia de disputas pelos Jogos Paralímpicos Universitários 2017 trouxe à piscina do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, atletas do alto rendimento e detentores de participações em grandes eventos esportivos. Um deles é o estudante Ronystony Silva, bicampeão Mundial, com duas Paralimpíadas no currículo e ainda várias medalhas em Parapan-Americanos. E no Universitário não foi diferente. Rony terminou a sexta-feira com o ouro nos 100m livre e a promessa de mais uma medalha para o sábado, na disputa dos 50m costa.
“Esta é a minha primeira participação em uma competição universitária, um acontecimento importante que servirá de teste para a disputa do Nacional Paralímpico, valendo índice para o Mundial”, pontuou o estudante da UniSantanna, de São Paulo.
Estudante de Educação Física, Rony pretende utilizar o conhecimento adquirido na universidade para dar continuidade aos treinamentos do alto rendimento e também aplicar as técnicas junto a outros nadadores. O atleta começou a competir em 2008, após sofrer um acidente de bicicleta que ocasionou uma lesão em sua coluna cervical. “Tive que trocar o osso que foi esmagado e colocar uma placa de titânio. Foi uma queda boba que se tornou complicada, mas desde então sigo sempre em frente, olhando o horizonte. Nunca olho para trás”. Hoje, ele compete pela Seleção Brasileira e mira no Parapan de 2019 e nos Jogos de Tóquio 2020.
O atleta compete nas Classes S4, SB3, SM4. Na S4, ele nada em duas categorias, os 50m costa, 50m livre, 200m livre e 100m livre. Na SB3, ele nada os 50m peito, que é dividido por lesão. Na SM4, Rony nada os 150m medley.
Uma atleta, dois esportes
A aluna-atleta Jaqueline Gonçalves de Oliveira, da Faculdade do Clube Náutico Mogiano, de Mogi das Cruzes, SP, participa pela segunda vez dos Jogos Paralímpicos Universitários e chega com o gás de quem quer levar muitas medalhas. Disputando as modalidades de natação e atletismo, ao final do sábado ela já contava com o ouro dos 100m livres na piscina. “Eu treinei natação por oito anos e agora eu estou mais voltada para o atletismo, com treinos diários na minha faculdade, além da academia”, elencou a estudante de Educação Física.
Jaqueline, que possui paralisia cerebral congênita, destaca a importância da competição paralímpica voltada ao universitário. “Foi uma novidade, porque nunca teve no Brasil uma competição do paradesporto. O evento está sendo ótimo, com uma boa estrutura e atendimento”.
Os Jogos Paralímpicos Universitários são uma realização da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), e contam com a participação de 200 atletas, de 21 estados, nas modalidades bocha, judô, tênis de mesa, atletismo, natação e parabadminton.