REFERÊNCIA DO PARADESPORTO MUNDIAL, PETRÚCIO FERREIRA É UM DOS PADRINHOS DOS JUBS GOIÁS

Referência do paradesporto mundial, Petrúcio Ferreira é um dos padrinhos dos JUBs Goiás

Campeão paralímpico da classe T-47, paraibano de 20 anos revela desejo de participar da próxima edição do evento.

Por Vitor Monteiro – Ares Comunicação

Petrúcio Ferreira, padrinho do Jubs 2017 Foto: Be Nice.

Campeão paralímpico, mundial e um dos principais nomes do paradesporto, mesmo com apenas 20 anos. Esse é Petrúcio Ferreira, padrinho dos Jogos Universitários Brasileiros 2017. Corredor da classe T-47 (membros superiores amputados), o atleta deu uma pausa na sua rotina de treinamentos (de segunda à sábado, sempre em dois períodos) para acompanhar a edição 65 do evento.

“Recebi o convite há duas semanas e fiquei muito feliz. Sou universitário, mas infelizmente não estou competindo, porque estava disputando o Campeonato Mundial quando ocorreu a seletiva”, ressaltou.  No entanto, o estudante de educação física revela o desejo de participar da edição 2018, que será disputada em Maringá.

O que pouca gente sabe é que, por pouco, Petrúcio não brilhou em outra modalidade. Apaixonado por futebol desde criança, na cidade de São João do Brejo da Cruz, na Paraíba, sonhava defender a Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo. Chegou a fazer testes em clubes profissionais, mas que o preconceito impediu a sequência da carreira nos campos.

“Fui descoberto pelo atletismo. Na época, jogava futsal e um cara me viu jogar e conversou com meu treinador na época, porque eu era muito veloz. Aí ele me perguntou se eu não tinha interesse de participar de provas do atletismo. Fiz testes, mas uma vez, uma pessoa falou que não poderia ser profissional por conta da deficiência. Eu era bom de bola, cheguei a ser comparado a Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno”, brincou.

Referência do paradesporto mundial, o velocista aproveitou para deixar um recado para aqueles que sonham em seguir uma carreira em alguma modalidade.

“Não só no atletismo como nas outras provas, sempre é difícil no começo, mas se você tem um sonho, corra atrás dele. Busque ele que tudo pode se tornar possível, basta você acreditar no seu sonho, ter fé, foco e força e tudo poderá se tornar realidade, assim como meu sonho se concretizou”.

Entenda a classificação funcional do atletismo
A letra “F” se refere às provas de campo (field, em inglês), como saltos, lançamentos e arremesso. A letra “T” representa as corridas de velocidade e fundo. Em relação à numeração, quanto menor, maior é o grau de comprometimento.

11 a 13: deficientes visuais;
20: deficientes mentais;
31 a 38: paralisados cerebrais (31 a 34 cadeirantes);
40: anões;
41 a 46: amputados;
51 a 58: cadeiras (sequelas de poliomielite, amputação e lesão medular).

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