*Por Felipe do Nascimento, voluntário do JUBs
Em um parto complicado, Ademar Ribeiro sofreu uma lesão do plexo braquial, mas isso nunca foi um problema. Ele escolheu o caminho da superação e virou atleta de alto rendimento.
Esse tipo de lesão causa danos repentinos aos nervos da região do pescoço, o que pode causar dor, fraqueza, perda de sensibilidade ou perda de movimento em seu ombro, braço e/ou mão.
Apesar disso, Ademar nunca se limitou pela sua condição. Quando criança, brincava, jogava bola e se divertia, contrariando sua avó que, frequentemente, se preocupava com os riscos de lesões. Mas ele se apaixonou pelo futebol e escolheu ser goleiro.
“Eu não tenho dificuldade porque desde criança nunca me limitei em questão de ter uma deficiência no braço”, contou Ademar.
Em 2023, Ademar passou para Educação Física na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e logo entrou no programa esportivo da instituição, onde passou a competir no atletismo paralímpico. Suas habilidades vieram à tona, o que o levou a conciliar os estudos e a carreira de atleta nas duas modalidades.
No mesmo ano foi campeão das Paralimpíadas Universitárias nos 400 e 1500 metros, provando que as diferenças não definem quem somos.
Em 2024, veio a oportunidade de ser goleiro do time de futebol e competir nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) – Futebol, Fut 7, Rugby 7 e X2, em Recife. O time não se classificou para o mata-mata, mas vai ser uma competição que ficará para sempre na memória do atleta.
“Hoje eu entendo que ser PCD não me faz melhor ou pior que ninguém, só me faz diferente. E está tudo certo! Por que ser igual se a gente pode ser diferente?”, completou o atleta-estudante.
O ‘Além do Pódio’ é um quadro feito pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário CBDU) que tem como objetivo contar as histórias dos estudantes-atletas que passam pelos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs).
