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Na última semana, a Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 805/2019 que determina aos ministérios do Esporte e da Educação a criação do Ranking Nacional Esportivo das Instituições de Ensino Superior Brasileiras.
O texto foi apresentado pelo deputado Helio Lopes (PSL-RJ) e altera a Lei 10.861/04, que criou o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior Sinaes, que analisa o desempenho das instituições, dos cursos de graduação e dos estudantes matriculados.
De acordo com o site da Câmara dos Deputados, o objetivo do projeto, segundo o deputado, é estimular o esporte universitário por meio de competição entre as instituições de ensino superior, com reflexos positivos sobre a saúde dos estudantes. “Diversos estudos ressaltam que a prática de esportes durante o período de formação acadêmica relaciona-se ao prazer de praticar esportes durante toda a vida”, disse Lopes.
Um dos pontos do projeto é fazer com que as instituições ofereçam equipamentos e programas esportivos de acordo com o número de alunos matriculados. Caso a escola seja pequena, ela poderá ofertar esportes como xadrez, esporte que pode ser jogado dentro da sala de aula. Já as instituições com um grande número de alunos deveriam construir piscinas, quadras, campos, entre outros, para ofertar esportes como natação, vôlei, basquete e futebol.
O deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ), relator da proposta e ex-atleta universitário, explica a importância do projeto. “Isso é um ponte pé inicial para estimular os reitores das universidades a enxergarem que o esporte é um pilar da educação, visando não só a prática esportiva mas também a qualidade de vida dos alunos. Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para que as nossas universidades abracem o esporte”.Video Player00:0002:10
Já Luciano Cabral,presidente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário, acredita que o projeto irá mudar a realidade do esporte universitário.
“Quando as universidades tiverem esse volume de pessoas praticando esportes, as instituições sendo rankeadas, naturalmente os campi serão mais explorados. Seus valores, pesquisas… Toda plataforma poderá ser explorada. E, assim, a universidade passa a ser a principal plataforma para lapidar os principais atletas e para forjar profissionais com os valores do esporte. Tem um ganho social e um ganho esportivo”, explica.
Agora, o projeto segue para as Comissões de Educação e Constituição e Justiça e de Cidadania.