Dia Internacional da Mulher: ancestralidade, perseverança e resiliência

Ser mulher é uma missão difícil. Mesmo em 2022 os desafios são imensos, e a luta pelo mínimo – como respeito, liberdade, igualdade e reconhecimento – é constante. Mas, mesmo em meio a esse cenário, a história e o exemplo de mulheres fortes e reais nos impulsionam a seguir adiante. A ancestralidade, o conhecimento e a coragem, passados de geração a geração, mantém vivo o feminino dentro de cada mulher mundo a fora.

Luinne Nascimento é mãe, filha, esposa, atleta e acadêmica. É mais outros inúmeros títulos; todos compreendidos no ser mulher. Luinne carrega consigo a potência de suas avós, a determinação de sua mãe, e a energia de suas tias, amigas e demais mulheres que a cercam. “Eu sempre tive mulheres que me impulsionaram, e isso é muito importante”, destaca Luinne. “Se eu quiser ir para a Lua eu vou conseguir porque sou uma mulher, sou empoderada, e se eu quiser eu vou. Elas me ensinaram muito sobre isso”.

Luinne e a filha mais velha durante o JUBs Maringá 2018. Foto: arquivo pessoal/Luinne.

Os exemplos vindos de casa a ensinaram a lutar. Ensinaram a entender que apesar das dificuldades, ela não poderia esquecer de seus objetivos, e que, segundo suas próprias palavras, “a batalha é sempre para frente”. “Eu nunca fui ensinada a me ater aos problemas, mas sim entender como superá-los”, conta.

– Ser mulher para mim sobretudo é perseverar, porque mediante a realidade que nós vivemos, tanto no nosso país como no mundo, nós sabemos o quanto é complicado compreender as limitações e a renovação que as mulheres têm naturalmente. As pessoas preferem nos diminuir as nossas limitações do que entender o que nós conseguimos fazer mesmo diante das nossas limitações. Então é uma luta diária ser mulher, querer mostrar que nós temos força e que nossas potencialidades vão muito além da resolução de gênero, de cor, e ocupação social, é um fator bem especifico ser mulher, estar na batalha, na ativa, mesmo em silêncio – destaca Luinne.

E uma das atuais batalhas de Luinne é a missão de ser mãe de duas meninas; uma delas com síndrome de down. “Eu trabalho com a adversidade dentro de casa, e isso é só mais um desafio”, afirma ela. Resiliente, ela entende que tudo é um processo e que aproveitá-lo é o melhor a se fazer. “O que dá o gás mesmo é perceber as minhas filhas crescendo, é perceber eu conseguindo manter a minha profissão e continuar estudando para ter uma nova profissão e não parar”, finaliza. Depois de receber tanto conhecimento e força de suas avós e daquelas que vieram antes dela, Luinne agora perpetua a história, e compartilha seu legado com suas filhas, numa parceria profunda que só quem é mulher entende.

Que neste 8 de março a luta das mulheres permaneça firme, resiliente e sempre coletiva.

NOTÍCIAS RELACIONADAS