Do esporte universitário para grandes clubes brasileiros, conheça o Gegê, do basquete

A emoção na voz ao relembrar e compartilhar sua trajetória como atleta é evidente. Emoção de alguém que ama o que faz, e sente orgulho de sua história. Foi assim nossa conversa com o atleta de basquete George Frederico Torres Homem Chaia, mais conhecido como Gegê. Nas quadras, ele já defendeu o Torrejon, Flamengo, Tijuca, Rio Claro, Bauru, Minas, Pato Basquete, e agora o Corinthians – além de representar as cores do Brasil em três edições de Jogos Mundiais Universitários.

Antes de escolher o basquete como seu esporte da vida, Gegê experimentou outras modalidades esportivas: começou no futebol, e chegou a ser federado no futsal; passando por times como o Grajaú e o Fluminense. O exemplo vinha de dentro de casa, com o pai, que era atleta profissional de polo aquático, e o avô também atleta de basquete, e que apresentou a modalidade a Gegê. “Meu avô falou que eu precisava fazer um treino de basquete, porque eu ia gostar muito da modalidade”, relembra. “Ele era um dos fenômenos do clube onde eu comecei a jogar, o Tijuca Tênis Clube. Todo mundo conhecia ele por sentar sempre no mesmo lugar, em todos os horários dos meus treinos e jogos”, comenta Gegê com carinho.

Desde seu primeiro contato com esportes em geral, o armador já sabia onde queria chegar: “A única certeza que eu tinha era que eu ia viver do esporte, não sabia como e qual; mas sabia que ia viver dele”, destaca. E assim, a partir do seu primeiro contato com o basquete, quando tinha apenas 11 anos, o atleta começou a buscar o seu objetivo. “Abri mão de muitas

festinhas de amigos e saídas por causa de jogos no dia seguinte de manhã cedo, e também deixei de viajar em feriados com a família por causa de treinos. Abri mão de muita coisa durante muito tempo, porque eu sempre acreditei que eu podia chegar lá”, recorda Gegê.

O atleta conta que quando jogava na base, o esporte era um hobbie, mas que ainda assim empenhava muita dedicação. “De lá pra cá foi uma carreira bem legal, e que eu me orgulho muito. Desde então é minha rotina, é minha vida”, afirma Gegê. A virada de chave na carreira aconteceu quando Gegê tinha 17 anos, e foi para Espanha; onde assinou seu primeiro contrato profissional. “Eu vi que meu sonho já era uma realidade”, relembra. Ele explica que quando a proposta apareceu, estava terminando o 3º ano do Ensino Médio, e que ao conversar com a escola, os professores e a diretoria, todos o apoiaram.

No cenário universitário, Gegê participou de três edições de Jogos Mundiais Universitários: Shenzhen 2011, Kazan 2013 e Gwangju 2015. “Foram três experiências maravilhosas, acredito que tenham sido os maiores eventos esportivos de toda minha carreira profissional”, comenta Gegê. Ele reforça que as pessoas precisam não só valorizar mais o desporto universitário no Brasil, mas também acompanhar e se aprofundar mais, “porque são competições de qualidade e nível altíssimo”.

Por fim, Gegê fala dos seus sonhos: são coletivos. “Meu maior objetivo como atleta é que não só a minha modalidade, mas todos os esportes olímpicos, consigam ter um maior valor no cenário nacional. Então acho que o meu sonho como atleta, é pensando em todos os atletas, de todas as modalidades. Eu ficaria muito feliz de conseguir levantar essa bandeira, de ajudar, estou super disposto nesse movimento. Espero que esse sonho se realize e que eu ainda esteja jogando, atuando”, finaliza.

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