Maicon Andrade: “As crianças são o nosso futuro, e elas darão continuidade ao legado esportivo que criamos”
Campeão olímpico participa de Fórum Nacional do Desporto Universitário, em Maceió-AL
A capital de Alagoas, Maceió, sediou esta semana o Fórum Nacional do Desporto Universitário, que teve como principal pauta o tema Esporte e Educação. O atleta olímpico do taekwondo Maicon Andrade foi um dos palestrantes do encontro, que contou ainda com a participação de representantes do Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro e da Confederação Brasileira do Desporto Universitário.
Maicon Andrade, que representou o Brasil na última Universíade, em 2015, na Coreia do Sul, falou sobre a dupla jornada do atleta-estudante. Medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e também na Universíade, o estudante de Educação Física destacou a importância do esporte universitário na vida do atleta de alto rendimento.
“O desporto universitário é o que movimenta, o que vai dar incentivo e força de vontade para que o aluno estude e cresça tanto profissionalmente quanto como atleta. Eu tive o prazer de ver meninos falando sobre o desejo de entrar na faculdade, estudar e competir. Você acende uma chama de competição nas pessoas, e isso as leva a serem competitivas em tudo, nos estudos, no esporte, em aprender cada vez mais, a ter disciplina”, enumerou. “As crianças são o nosso futuro, e elas darão continuidade ao legado esportivo que criamos”, finalizou o lutador.
Luciano Cabral, presidente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), falou sobre a realização do evento. “Este é o primeiro Fórum do Desporto Universitário pós-Copa do Mundo e pós-Olimpíadas, onde olhamos juntos para frente para fazer mais pelo esporte universitário e pelo esporte como um todo. Vamos ter orgulho de olhar para trás no futuro e ver o que construímos sendo utilizado”.
Paradesporto universitário
O coordenador de Ciência do Esporte do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Ciro Winckler, falou sobre as atividades conjuntas que passarão a ser realizadas entre o CPB e a Confederação Brasileira do Desporto Universitário, e que trarão mais paradesportistas para o universo universitário. “O desafio agora é identificar as pessoas com deficiência que estão nas universidades, e fazer com que elas apareçam no cenário internacional”.
Segundo o coordenador, a ideia é desenvolver eventos casados e, ao mesmo tempo, competições exclusivas. “No evento casado damos a oportunidade de interação entre atletas universitários regulares e os com deficiência, sem deixar de lado os eventos universitários que sejam exclusivamente para os estudantes paradesportistas. A partir de agora, vamos trabalhar com a CBDU para juntos chegarmos a um coeficiente”, explicou.
Legado olímpico
Legado dos Jogos Rio 2016, a capacitação profissional é uma das apostas do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) que será utilizada em próximos eventos esportivos realizados no Brasil. Além do staff treinado exclusivamente para a realização do mega evento, em um curso de gestão realizado no ano que antecedeu os jogos, a relação de voluntários que atuou em todas as áreas também é um poderoso instrumento de legado.
“Temos uma grande quantidade de pessoas que está qualificada e pode ser utiliza na realização de eventos universitários, além dos equipamentos esportivos e do conhecimento de como integrar os atores envolvidos em todo o processo, que é uma necessidade hoje no sistema de esporte”, pontuou o diretor.
Esporte educacional
O secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério do Esporte, Leandro Fróes, um dos palestrantes do Fórum, falou sobre as ações do Ministério para com o desporto universitário, reforçando a construção do futuro do esporte e educação. “Rompemos a ideia de que o esporte é apenas para o altíssimo rendimento. O recurso público tem que ser para o desporto universitário, escolar, para incentivar o instrumento de formação de caráter, de formação de vida, de transformação e formação”, destacou o secretário.