A patinação artística é talvez o esporte de inverno mais conhecido. A modalidade é uma das mais antigas da história, e com suas roupas exuberantes e movimentos ousados, é a campeã de audiência nos Jogos Olímpicos de Inverno. Estima-se que o ato de patinar no gelo exista há 3 mil anos e a combinação entre patinação e arte tenha surgido no Século 18. Contudo, foi no Século 19 que a patinação artística tomou forma graças ao trabalho do norte-americano Jackson Haines, que incorporou elementos da dança e do ballet em suas apresentações. Assim como o esqui cross-country e o esqui alpino, a patinação artística será disputada por brasileiros na Universíade de inverno Lucerna 2021: Ana Carla Decottignies e Arthur Casado.
A patinação artística é o esporte mais antigo do programa dos Jogos Olímpicos de Inverno. Foi disputado nos Jogos de Londres de 1908 e novamente em 1920 na Antuérpia. Homens, mulheres e pares foram os três eventos disputados até 1972. Desde 1976, a dança no gelo foi o quarto evento do programa, provando ser um grande sucesso.
Competitivamente existem disputas individuais e em duplas, estas sempre mistas. Para as apresentações, existe o programa curto (todas as categorias) – que deve ser desenvolvido em até 2m50s, e longo (ou livre), que não pode passar de 4m30s para homens e duplas, e 4m para as mulheres. Todos os programas precisam ser executados com música instrumental e utilizar toda a área da pista. As exibições são avaliadas por uma banca de juízes, que leva em conta a qualidade de cada elemento executado (pontuação técnica) e a qualidade do desempenho (pontuação de apresentação). Os quesitos vão desde a habilidade para patinar no gelo até a performance artística e a interpretação da música pelos atletas.
História
Os holandeses foram indiscutivelmente os pioneiros da patinação. Eles começaram a usar canais para manter a comunicação patinando de aldeia em aldeia já no século XIII. A patinação acabou se espalhando pelo canal até a Inglaterra, e logo os primeiros clubes e rinques artificiais começaram a se formar. Patinadores apaixonados incluíam vários reis da Inglaterra, Maria Antonieta, Napoleão III e o escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe.
Dois americanos são os responsáveis pelos principais desenvolvimentos na história do esporte. Em 1850, Edward Bushnell, da Filadélfia, revolucionou a patinação ao introduzir os patins com lâmina de aço, permitindo manobras e curvas complexas. Jackson Haines, um mestre de balé que viveu em Viena na década de 1860, acrescentou elementos de balé e dança para dar ao esporte sua graça.
*Informações: Comitê Olímpico Internacional (COI) e Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG).
