Começou nesta sexta-feira (17) no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, as Paralímpiadas Universitárias 2021. O evento acontece também no sábado (18), e conta com a participação de 382 atletas, de 180 Instituições de Ensino Superior (IES) do país, na disputa de sete modalidades: atletismo, bocha, judô, natação, tênis de mesa, parabadminton e basquete 3×3. A competição tem como objetivo estimular a participação de estudantes universitários com deficiência em atividades esportivas nas suas respectivas universidades.
Podem participar do evento estudantes atletas com deficiência física, visual e intelectual, com idade mínima de 17 anos (nascidos em 2002), não existindo idade máxima, e que estejam regularmente matriculados e frequentando IES da rede pública ou privada de todo o Brasil, reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC). E na edição deste ano, a competição tem a participação ilustre dos medalhistas paralímpicos em Tóquio 2020 Alessandro Silva, Ana Karolina Soares e Thalita Simplício.
A velocista Thalita Simplício, 24 anos, conquistou duas pratas nos Jogos de Tóquio, nos 200m e nos 400m, ambos da classe T11 (para cegos). A potiguar cursa o último período do curso de fisioterapia na Universidade Positivo de Natal, no Rio Grande do Norte. “Acho importante estar aqui para mostrar que os atletas de alto rendimento precisam pensar em outras fontes de renda para o futuro. Eu não vou viver só de esporte. Isso é uma fase da minha vida”, destaca Thalita. Ela ainda afirma que esta deve ser a última vez que disputa na categoria universitária, já que está concluindo a graduação: “Antes de ir para Tóquio, eu conversei com o Felipe, meu técnico, e me inscrevi”.
Lusimar Santos, Vice-Presidente Regional Centro-Oeste da CBDU, foi o representante da Confederação no evento, e acompanhou de perto a delegação goiana, que participa da competição com 17 atletas em 5, das 7 modalidades. “Eu vejo que, além da volta da prática esportiva, os atletas têm também a oportunidade do congraçamento, do intercâmbio, de encontrar amigos”, afirma Lusimar. “Então eu vejo muita alegria, muita felicidade, e acima de tudo, muita esperança nos olhos e na vontade desses atletas que estão aqui”. Ele ainda destaca que, a Paralimpíada Universitária consegue fazer a inclusão, mas não só a social: “É também dar a oportunidade para que esses atletas tenham o fomento da sua prática esportiva”.
Para Yohansson Ferreira, ex-atleta paralímpico e Vice-presidente do Comitê Paralímpico do Brasil (CPB), o evento é de extrema importância para o cenário do paradesporto: “É para fomentar o esporte paralímpico desde a iniciação, até o universitário e depois o alto rendimento, para que assim possamos abranger um número maior de pessoas com deficiência praticando atividade física”.
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As Paralimpíadas Universitárias 2021 são uma realização do Comitê Paralímpico Brasileiro – CPB, Confederação Brasileira do Desporto Universitário – CBDU e da Ministério da Cidadania por meio da Secretaria Especial do Esporte, com apoio do Governo do Estado de São Paulo e do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF).
*Com informações da Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro.