Por trás das câmeras: o que acontece no backstage do Brasileiro Universitário de eSports

Nos despedimos do Brasileiro Universitário de eSports a exata uma semana. Para quem assiste, ao vivo ou online, o evento é grandioso e repleto de tecnologia – seja no palco, na transmissão ou na housemix. Mas você já parou para pensar no que acontece por trás das câmeras, onde ninguém vê? São inúmeras pessoas, telas e equipamentos reunidos com uma só função: entregar uma experiência incrível para os players e para os espectadores! Nessa matéria conversamos com o André Pimentel, coordenador de streaming da CBDU, e Diego Diniz, coordenador de T.I da Confederação. Juntos, eles organizam toda a dinâmica técnica do evento. Confere só:

Registro de parte da housemix do evento e mesa de transmissão. Foto: CBDU / João Pedro Portela e Lucas Marcelo / Collab Clichê.

Era impossível passar pela praça de alimentação do Passeio das Águas Shopping e não reparar no palco do Brasileiro Universitário de eSports. A estrutura, construída em 3 noites, era composta por 75m2 de LEDs, que envolviam tanto o fundo do palco como o teto, criando uma sensação de profundidade e infinito. E advinha? Para esses leds ficarem bonitões, tinha operação humana envolvida. “Antes do evento começar existe toda uma parte de concepção visual do evento, criação de telas de transmissão específicas para cada modalidade e idealização das telas de palco visando os LEDs”, explica André Pimentel, coordenador de streaming da CBDU.

Mas para além dos painéis de LED, se pensarmos em itens essenciais para realização do evento, estamos falando de computadores, notebooks, cadeiras gamers, cenografia de palco, árbitros, casters, energia, internet, câmeras, e muitos outros detalhes. Antes do streaming entrar no ar, tudo isso precisa estar funcionando perfeitamente, como uma grande engrenagem. O controle de todos esses aparatos fica na housemix e na mesa de transmissão, posicionadas estrategicamente atrás do palco: “As áreas chaves aqui são: luz, som, telão com o controle dos VJs e iluminação. Nesse espaço também ficam os casters e o corte de câmeras”, destaca André Pimentel. “No final tudo isso é copilado num único computador de broadcast, que dá saída em tudo que você assiste nas transmissões da CBDU”, complementa.

Mas o operacional do evento não para por aí não. Por ser um evento todo tecnológico, ele é 100% dependente da internet. E não pode ser qualquer uma.. tem que ser A internet. Diego Diniz, coordenador de T.I da CBDU, explica que o evento contou com dois links e 1Gbps cada, o que, para os leigos, significa 1,000 Megabits por segundo (Mbps) ou 1,000,000,000 pedaços por segundo. “Sem internet o evento não existe”, frisa Diego. Durante a competição, ele é responsável pela infraestrutura de APS, por verificar se tem (ou não) algum tipo de queda na rede, além de analisar os PINGs dos jogos.

– Para entregar esse tipo de evento com maestria, o maior desafio sem dúvidas é o alinhamento da equipe de trabalho, já que muitos profissionais são excepcionais em seus trabalhos, mas nem todos tem tanta familiaridade com o nicho gamer. Daí entra todo o trabalho de briefing e alinhamento desses profissionais para que tudo seja impecável e todo e qualquer erro seja corrigido antes mesmo de sair para o ao vivo – finaliza André Pimentel.

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