Quebra de recordes e medalhas marcam atletismo no JUBs Goiás
Velocista bicampeão e paradesporto também são destaques no 2º dia de competições na maior competição poliesportiva da América Latina
Por Vitor Monteiro – Ares Comunicação
Neste sábado, o segundo dia de competições dos Jogos Brasileiros Universitários (JUBs), foram disputadas as provas mais rápidas do atletismo: os 100 metros rasos. As provas foram realizadas durante todo o dia, no Estádio Olímpico, parte integrante do Centro de Excelência do Esporte, em Goiânia.
No feminino, Lara Beatriz Morais (Aliança/PI) cravou 11s96. Caroline De Melo Tomaz (UFSC/SC) terminou em 2º lugar, com 12s11, enquanto a 3ª foi Tiffani Beatriz Marinho (Celso Lisboa/RJ), com o tempo 12s15.
No masculino, Jonatan Chaves Rodrigues (UFSC/SC) garantiu o ouro ao completar a prova em 10s55. A prata ficou com Willian Deschamps (FURB/SC) que marcou 10s66 e a 3ª posição foi de Alexandre Galassi (Uni Santanna/SP), com 10s85.
Participando dos JUBs pela segunda vez, Jonatan comemorou o bicampeonato do torneio universitário mais importante do Brasil. O primeiro título veio na edição 2015, disputada em Uberlândia. “Estou muito feliz. A prova estava muito difícil, com atletas de alto nível nacional. Tive uma boa largada, que foi fundamental para a vitória. Foi a segunda melhor marca da minha carreira e estou empolgado para os 200m de amanhã”, ressaltou. Além disso, o campeão relembrou o início da carreira na modalidade. “Comecei no atletismo em 2010, em uma Olimpíada estudantil, uma prova escolar mesmo”.
Recordes
O dia também foi marcado pela quebra de recordes. No lançamento do martelo, Mariana Marcelino (Uni Santanna/SP) mostrou que se sente em casa em Goiânia. A atleta estabeleceu uma nova marca: 59,52 metro. A anterior (58,79m) também era de Mariana e foi feita na capital goiana na edição de 2013 dos jogos.
“Estou voltando de férias, preciso recuperar um pouco o físico, mas gostei bastante da minha prova. Um recorde é sempre importante, ainda mais porque deve ser meu último JUBs e, terminar com uma marca assim, é bastante positivo.”
Estudante de educação física, a catarinense é atual campeã sul-americana adulta, campeã e recordista do Troféu Brasil. Na última Universíade, em Taipei (2017), conseguiu classificação à final. Ela revela que o foco passa a ser melhorar ainda mais suas marcas para realizar o sonho de participar das Olimpíadas.
Um novo recorde também foi estabelecido no lançamento de dardo. Eloah Caetano Scramin (UNIP/SP) conseguiu a marca de 55,64m. A anterior pertencia a Maria Conceição Paixão Silva (FMN/PE), com 49,67m, em Goiânia 2013.
No arremesso de peso, Willian Braido, da Unip/SP, chegou à marca de 18,15m, batendo seu próprio recorde, de 17,79m, estabelecido nos jogos de Uberlândia 2015.
Outros destaques
Neste sábado, houve a disputa dos 400 metros do atletismo paradesportivo. Seis competidores, de três classificações funcionais distintas, participaram. Leonardo Alvarenga de Souza e Silva (Universo/RJ), representante da T-35, terminou a prova em 1m19s08. Jorge Magno Ferreira de Carvalho de Souza e Silva (UFPA/PA), da T-37, completou em 58s09.
Quatro atletas eram da T-44 e o mais rápido foi Joaci Azevedo de Lima, com o tempo 1m04s21. Uarlio Barbosa (Estácio/GO), Cícero Filho Tavares (UFRN/RN) e Jonny de Paiva Souza (FATE/CE) vieram em seguida.
Para conferir todos os resultados do dia no atletismo, acesse o site da CBDU: www.cbdu.org.br.
Entenda a classificação funcional
A letra “F” se refere às provas de campo (field, em inglês), como saltos, lançamentos e arremesso. A letra “T” representa as corridas de velocidade e fundo. Em relação à numeração, quanto menor, maior é o grau de comprometimento.
11 a 13: deficientes visuais;
20: deficientes mentais;
31 a 38: paralisados cerebrais (31 a 34 cadeirantes);
40: anões;
41 a 46: amputados;
51 a 58: cadeiras (sequelas de poliomielite, amputação e lesão medular).